segunda-feira, 28 de maio de 2007

Nasa determina pela primeira vez propriedades de sistema binário de estrelas

Astrônomos determinaram pela primeira vez as propriedades do sistema binário jovem de estrelas LH54-425, com dados da sonda Fuse da Nasa e vários telescópios terrestres, entre eles o do observatório de Colina Tololo (Chile).

Em nota divulgada hoje, o Centro Goddard de Vôos Espaciais da Nasa (Maryland), assinala que o sistema binário de estrelas está situado na chamada Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia vizinha à Via Láctea, cerca de 180 bilhões de anos luz da Terra Este sistema binário consiste em duas estrelas "O", as mais luminosas e maciças do universo.

Segundo os dados obtidos pelo astrônomo Stephen William da Universidade da Geórgia pelo telescópio de Colina Tololo, as duas estrelas têm entre 62 e 37 vezes a massa do sol.

"As estrelas estão tão perto uma da outra, ao redor de um sexto da distância média entre a Terra e o sol, que orbitam ao redor de um centro comum de massa a cada 2,25 dias", disse o comunicado da Nasa.

Cada estrela desprende um potente vento estelar e as observações realizadas pela Fuse (Far Ultraviolet Spectroscopic Explorer) mostraram que isso ocorre quando os ventos de vários sistemas binários de estrelas chocam. Assim, a zona de colisão comum envolve a estrela menor e produz uma superfície de gases que emite raios-X e radiação ultravioleta.

Por outro lado, a Nasa adverte que à medida que as duas estrelas envelheçam e aumentem de tamanho começarão a transferir quantidades substanciais de massa de uma a outra, o qual poderia suceder em milhões de anos.

As estrelas orbitam tão perto uma de outra que é provável que se unam à medida que evoluam, gerando uma única estrela.

"A união de duas estrelas maciças para se transformar em uma só super-estrela de mais de 80 sóis pode levar a um objeto como Eta Carinae (uma estrela gigantesca na Via Láctea), que seguro que se pareceu ao sistema binário LH54-425 há um milhão de anos", disse a nota.

A chefe da equipe que observou o LH54-425, Rosina Iping, explicou que estas estrelas evoluem "num piscar de olhos, em comparação com o sol, que se manteve praticamente igual nos últimos milhões de anos".


Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI1649547-EI238,00.html

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